Nunca o tal do “Carpe
Diem” caiu tão bem em minha vida, estou aproveitando ao máximo cada minuto dos
meus dias sem me preocupar com as páginas do calendário ou os ponteiros do
relógio. Atitudes precipitadas levam a consequências inesperadas, agir sob opinião
alheia não me convém.
Sabe aquela música da
Pity que diz: “Tô aproveitando cada segundo, antes que isso aqui vire uma
tragédia”. Ela resume minha vida no momento, nos mais variados aspectos. Foi
necessário me anular um pouco e ligar uma espécie de piloto automático por um
tempo. Sei que isso vai passar... estou com muitas responsabilidades... não
posso ‘abandonar o barco’ agora.
Quem eu amo merece,
minha família é meu esteio. Merece minha total dedicação e também minha
compreensão. O tempo passa... Amanhã é outro dia, não é? Até hoje não foi muita
coisa que valeu a pena...
Volta e meia ficava me
perguntando: “Tá valendo a pena?”. Logo surgiria um “Não!”, imediato. Muitos
planos na gaveta, mas sempre procurei não deixá-los pesar aos ombros de ninguém
ou até mesmo porque nunca ninguém mereceu ser o cara dos meus planos. Por ora
tive boa sintonia com alguns dos meus candidatos, tenho uma, digamos...
pré-disposição a quem vá me enlouquecer em pouco tempo.
Trocando em miúdos,
tenho poder de atrair gente chata, devo ter um imã ou um grande chamariz pra
esses estereótipozinhos. Estou cansada de gente vazia e sem sal. Gente que vive
de aparência e na verdade não passa de mais um perdido na multidão. Gente
problemática, ou talvez bipolar, não sei. Às vezes acho que tenho um cupido da
mira torta, que deve sair atirando pra todos os lados, e eu que acabo sem lado
nenhum.
Por algum motivo que
desconheço, eu gosto desse romantismo démodé, trago comigo essa coisinha de
programinha a dois e todo mimimi que isso envolve. Prefiro assim, e por vezes,
isso assusta. Porque eu sou mesmo assim, uma explosão de sentimentos.
Se eu fosse lá tão
carente ou ‘forever alone’, eu estaria aí, namorando por conveniência ou por
falta de melhor opção, como há muita gente por ai. Eu to me dando esse tempo, isso
ninguém vê. Sozinha? Não me sinto
sozinha. Taí uma coisa que eu não digo. Pra que eu vou ficar expondo meus
paquerinhas, amores, amizades-coloridas ou sei lá que nome isso leva? À troco
de...? Meus affairs eu não preciso escancarar, nem provar nada pra ninguém.
Gosto da vida que venho levando. Das sensações do momento.
O título “em um
relacionamento sério” pouco muda em minha vida, namorando ou não, quem deve
saber sou eu e o carinha, nada além disso. Até mesmo porque expor demais só
traz motivo pra dar conversa a quem não tem mais o que fazer.
Estou buscando minha
felicidade dentro de mim mesma. E sabe? Ando me amando muito... nesses vinte e
um anos e já vivi muita coisa desnecessária... aprendi o dobro e na verdade,
estou cansada, quero me divertir um pouco. Talvez seja necessário um copo de
bebida, um sonzinho e uma amiga disponível, mas nada além. Vou esquecer um
pouco a razão, deixar de lado esse trouxa desse coração e seguir o fluxo da
minha vida. Porque é assim que tem que ser. Eu já passei da fase de me humilhar
para conseguir as coisas.
Já ouvi muitas vezes a
mesma coisa, o mesmo argumento capenga, e quer saber? Me dá sono. E se eu fosse
mesmo pequena, indefesa e assustada eu ia cair nessa conversa. Esse joguinho já
está bem ultrapassado. Nunca o fiz.