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sábado, 10 de novembro de 2012

Como jóias roubadas de desilusão


Por alguns instantes fui formatando mil futuros em minha cabeça, mil ideias e emoções. Puff! Era como num filme, onde tudo passa diante dos seus olhos e você fica ali fazendo uma porção de suposições. E se, e se, e se... Não quero viver de ‘Se’.

Às vezes uma palavra tem o poder de mudar toda uma vida, não pela palavra em si, mas pelo significado. Eu tenho uma mania imbecil de imaginar demais de viver desses “Se” intermináveis. São apenas milhares de possibilidades, que talvez nem vão acontecer. 

Opção. Eu não quero ser mais uma e nem criá-las. E mais do que nunca eu quero que o tempo passe, e passe... Tenho muita coisa acumulada dentro de mim e sei que aos poucos vou me livrando de todas. Às vezes tenho meus pensamentos tomados por todas elas, quer dizer, na maior parte do tempo elas me tomam toda minha mente. Não raro, escorrem-me pelos olhos, não sou tão forte assim, são gotículas de lembrança do desnecessário, e assim, vou eliminando toda essa carga que há anos venho carregando.

Esses porquês nunca poderão ser respondidos, se é que existem respostas. Porquês que nunca saberei, morrei com tantas indagações que chegam a ‘lesar-me’ a alma. Não é justo. A minha vida não vem sendo nada justa. Não estou mais esperando tanta coisa, mas nem por isso o suficiente vai me bastar. Chega de viver de migalhas.

Como ninguém entenderia, algumas coisas eu só guardo pra mim. A maioria delas não passa mesmo de devaneios meus. Eu espero é parar de ‘viajar’ tanto e começar a viver mais, a me desprender de certas amarras que só existem na minha cabeça. Só quero que toda dor que isso envolve se dissolva nas lágrimas, que doídas!