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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Luz da vida

Ao mesmo tempo em que os dias se arrastam, percebo-os voarem. Gozada sensação de não ter mais o tempo em minhas mãos (se é que um dia o tive, se é que isso seja mesmo possível). Sei lá, acho que cheguei em um momento da minha vida que tive que aprender na marra a valorizar e respeitar o que realmente importa.

Hoje minha visão de mundo me permite entender um pouquinho do quê venho passando. Admito com o maior prazer que a melhor coisa que me aconteceu foi ter voltado pra Urânia, para a casa dos meus pais. Mesmo que me venha algum pseudo-entendedor com uma lista de mil motivos negativos e suas consequências em minha vida, eu consigo sim ver a parte boa de tudo isso. Talvez porque eu tenha demorado mais de 20 anos para me aceitar, ou na verdade, entender o quê e quem realmente sou e o porquê de estar aqui.

Há seis meses aconteceu a melhor coisa, que julgo ser, a melhor da minha vida! Me vi entrando para a maravilhosa doutrina espírita, de corpo, alma e coração. Eu que sempre achei que ninguém além da minha mãe fosse realmente me entender e entender as coisas que eu sinto e sempre senti. Pouco a pouco venho me sentindo renovada e fortalecida para enfrentar as batalhas diárias dessa existência. Espero em Deus que eu consiga 'oferecer' de graça o que de graça recebi. Peço auxílio de forças benfeitoras para poder exercer bem esse meu papel, que eu possa ficar bem e fazer os que estejam à minha voltar ficarem bem também.

Ah se eu tivesse me despertado antes... tudo teria sido tão diferente... Talvez muitas coisas ruins pudessem ter sido evitadas. Mas como há muito já me diziam: "A hora certa chegará, você saberá"... vejo mesmo, agora com maior clareza que a hora certa veio.

Quero um dia ter esclarecimento o suficiente para entender algumas provações pelas quais eu passo... Mesmo com tanta coisa que me entristece, eu consigo manter uma pontinha feliz em meu ser, em que pulsa a esperança! Eu sei que a hora de muita coisinha que eu almejo ainda há de chegar. Muitas batalhas ainda virão, muitos leões ainda hei de matar, mas eu não vou desistir. Já passei por tantas, que mesmo que eu ache que cheguei no meu limite, brota-me uma força 'mágica' interior para me guiar.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

E-S-P-E-R-A-N-Ç-A


Esperança
(Mário Quintana) 

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...


Me sinto em casa. Estou sim, de volta pra casa. Sinto isso de física, psíquica, emocional e espiritualmente.
Hoje vejo e compreendo quase tudo que me ocorreu há mais ou menos um ano atrás e percebo o quanto Deus agiu em minha vida. Tudo de necessário para a evolução dessa minha jornada terrena, pouco a pouco vem se revelando. E meio que por acaso os acontecimentos foram se encaixando e tomando forma.
Claro que ainda me revolto com algumas coisas que venho tendo que enfrentar, algumas provas que venho passando e algumas que sei que estão por vir. Agora entendo, ou aceito, melhor que antes que é uma espécie de “mal necessário”.

Como humana que sou, sei que ainda há uma grande estrada à ser percorrida e seus obstáculos não serão poucos. Conforta-me muito sentir e ter a certeza que as forças benfeitoras do alto tornam-se verdadeiros exércitos ao meu redor para me proteger e guiar.

Talvez nada tenha a ver, ou seja até mesmo ‘’errado’’, todavia não acho que tenho um anjo tatuado em minha perna do nada, sem algo mais especial. Mesmo que hajam anjos do bem ou do mal, esse meu é um anjo agraciado, de uma simbologia única e celeste. Importante para mim. É uma forma diferente de se apreciar a boa arte.

De alguma forma, sinto-me bem. Consigo me sentir feliz, mesmo não sendo lá assim como eu gostaria, mas já é um começo. Creio veementemente que tudo, tudo mesmo tem a hora certa de acontecer. E já começou a acontecer, pelo menos em alguns aspectos em minha vida.

Eu nunca vou parar de acreditar. O meu Deus já me mostrou, provou e comprovou que é o Deus do impossível. Esperança é o combustível do meu corpo e da minha alma. Espero que tudo corra bem. E o tempo, ah meus caros, se encarrega de passar.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Keep calm and have a cup of tea


Eu amava desenhar. Sempre gostei de colorir e coleciono meus lápis de cor até hoje (alguns, na verdade, apenas ‘toquinhos’. Amo escrever, acho até que já ‘nasci sabendo’, faz parte de mim. Aprendi a ler com 4 anos. O primeiro livro que eu li foi “Os Amigos do Patinho”. Sonho em ter minha biblioteca particular.
Sou apaixonada por fotografia. Tenho mania de imaginar tudo que eu vejo, preso em uma moldura. Vivo fotografando tudo com o olhar, mesmo míope.

Adoro maquiagens e aprendi sozinha alguns de seus truques. Quando pequena minha vó ensinou a costurar à mão e eu mesma fazia roupinhas para minhas Barbies com retalhos estampados. Tenho mania de ter vários shampoos e variá-los a cada banho. 

Às vezes me pego falando com meus próprios pensamentos.  Não gosto tanto da solidão. Perco-me em pensamentos e principalmente nos meus sentimentos.Nunca tive muitos amigos.
Não sou muito fã de multidões e lugares fechados. Gosto de ver gente circulando, ficar observando o fluxo das ruas, das cidades. Gosto de ficar imaginando a vida de cada pessoa, suas histórias, problemas... Adoro observar as paisagens... Amo ouvir histórias e contar as minhas.

Sou da simplicidade. Gosto de acordar com minha cachorrinha me lambendo e o passarinho (o morador mais feliz da casa!) cantando como se não houvesse amanhã – e como se fossem milhões de passarinhos na gaiola.

Tenho paixão pela arte culinária. Adoro minhas experiências na cozinha, embora no fundo eu sempre fico achando que só eu mesma realmente gosto dos meus quitutes. Tenho loucura por comida japonesa, quase uma dependência.

Eu tenho mania de chá. Acho que uma caneca bonitinha com o aroma de um chazinho delicioso pode ser capaz, não de curar, mas de aliviar tudo. Eu também dublo minhas cachorrinhas e meu hobby é fotografa-las. Sou ótima para dar nomes aos meus bichinhos, saio ‘batizando’ até os cachorros de rua.
Também coleciono pelúcias, apesar da rinite, além de não conseguir dormir com o ventilador desligado, mesmo no frio. Não consigo beber água gelada, só não posso dizer o mesmo da cerveja.

Não gosto de esconder-me atrás de máscaras ou falsos sorrisos. Acabo me tornando vulnerável para o amor, para essa imoderação de sentimentos, para esse turbilhão que domina meu ser. Acho que por isso fui sempre chorona – procuro controlar isso, confesso que já melhorei muito. Sou capaz.
Sou fascinada pelo céu. Adoro ficar horas observando o anoitecer, as estrelas e as constelações. Taí uma ótima vantagem do interior: O céu é magnífico. Aliás, adoro tudo que envolve um pouco de mistério e um quê de ciência oculta.

Me desculpem. Mas não sei ser assim. Sou mesmo um ser sentimental, cheia de paixões platônicas. Ah, e não sei também não chorar por tudo. Eu só não sei não ser aquilo que eu sempre fui. Essa sou eu e doa a quem doer, eu não sei não ser.

domingo, 9 de junho de 2013

Significando-me

Um dos maiores medos que venho carregando é do tempo passar e eu não perceber. É um medo de envelhecer sem ter conseguido realizar nenhum de meus sonhos. Medo de que as circunstâncias da vida me impeçam de querer, de sentir, de ir, vir, sonhar...

Por que eu ainda continuo (imbecilmente) morrendo desse meu amor platônico, pensando em fazer mais tatuagens, tomar um porre e fingir que tá tudo bem, mesmo que por alguns instantes.

Tenho medo da vida passar e me levar junto. Tenho medo dessa fase que terei de ter forças para enfrentar. Tenho medo de me perder nessa e não mais me encontrar. Tenho medo dessa gente que acha que pode me julgar só porque sabe meu nome, ou onde moro. Sinto um desprezo enorme de quem acha que me põe medo. Não chega nem a ser pena ou piedade, acho que uma espécie de 'asco'. Eu não alimento vontades de ter o que os outros tem, minha vida não precisa ser conforme a de outrem Não tenho tantas necessidades materiais assim. A minha necessidade é mais espiritual, necessidades que essa vida mundana terrestre desconhece. A minha evolução não é daqui, minha alma é mais predominante em mim do que as minhas necessidades enquanto ser humana, ou as necessidades 'da carne". Tenho nojo dessa galera que perde mais tempo provando publicamente o quanto se tem dinheiro, o quanto se é feliz, o quanto é melhor que este ou aquele, do que realmente realizando seus sonhos e aproveitando de forma saudável os bens materiais que o dinheiro lhes oferece.

sábado, 27 de abril de 2013

Três meses

Eu quero certezas de sabores infinitos... de olhares inacabáveis, de palavras perpétuas. Eu quero a certeza sobre a incerteza...Não gosto de sobreviver nesses quases, vestígios de um talvez. Não quero ficar no ''se''.

Não quero pessoas genéricas nem pseudo-amores. Eu quero beijos frescos e abraços aconchegantes com cheiro de baunilha. Eu quero poder contemplar o mais belo anoitecer de mãos dadas, ver cintilando no céu cada uma de suas milhares de estrelas. 

Eu quero colo, ombro amigo, risadas e confissões. Momentos compartilhados de um dia banal. Quero carinho e cafuné nos cabelos. Quero o sorriso mais lindo e a gargalhada mais gostosa. Quero poder deter as lágrimas, que insistentes!

Não quero um amor mudo, sem assunto, que poupam-me de expressões. Ah! como me faz feliz uma ligação fora de hora, com milhões ou nenhum motivo aparente para se fazer, do cuidado rotineiro e cotidiano, do bilhetinho simplesinho numa folha qualquer, um sms ou e-mail inesperado.

Eu quero beijos e abraços desavisados, braços se encaixando nos meus abraços. E o amor nem precisa ser assim, o mais bonito, nem precisa ser infinito, basta que seja recíproco e nos faça sorrir.

Não quero viver um conto-de-fadas nem em um mundo cor de rosa. Eu quero discussões seguidas de reconciliações. E quando tudo não parecer ter mais jeito, pegar-me as mãos e me dizer que ficará tudo bem.

Tô botando fé naquela vozinha fraquinha do íntimo do meu ser, que diz "a hora vai chegar". 
- E se ela já chegou e a deixei passar?
- E se eu me precipitei em minhas ações (ou nas não-ações)?
- E se... ?

Talvez agora fosse tudo diferente.

Mas a vozinha tá lá, mesmo tão baixinha é tão intransigente! E me diz para não temer o futuro, para botar fé nessa intuição gostosa que me alimenta.

Não vou seguir por caminhos já trilhados nem me guiar pelo que esperam de mim. Esses meus sentimentos imoderados são verdadeiros sofrimentos. Ah esses pensamentos que vem e nunca vão! Sonhos que se misturam com uma 'falsa' realidade. Pouco tempo para muitas cicatrizes.

Um amor de "eu te amos" subentendidos, no olhar, gestos e atitudes. Por vezes relembrado em palavras escritas ou faladas. Um amor de fazer brilhar os olhos, de mãos geladas e coração descompassado. Um amor que tenho certeza que já vivi, só não sobrevivi.




sábado, 2 de fevereiro de 2013

Frase do mês


''Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: Leve tudo que for desnecessário. Ando cansado de bagagens pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração...''
— Cora Coralina.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Minha (Tragi)cômica vida

Ao contrário do que imaginei meu ano não começou com estouro de champanhes, nem algo digno de uma 'virada'. Eu estava sozinha no banheiro, por sinal muito ocupada. Digamos que eu tive uma 'nobre' passagem de ano.

É, meus caros, começar o ano 'cagada' não é pra qualquer um não! Mas como costumo dizer "É muito azar no amor e sorte no azar!" Eu não me lembro de ter vivido um final de ano tão bizarro como este. Apesar de ter perdido uma boa graninha do convite da festa (que tive de sair às pressas... motivos óbvios, rs!) eu nem fiquei tão irritada assim. 

'Algo que comi', pensei. Afinal um ser humano sem sua vesícula biliar jamais é o mesmo. Eu precisei "tirar" a minha em 2007, quando tinha 16 anos, apenas. Cálculos biliares, nem queira imaginar a dor e o desconforto que essa praga doença causa. Às vezes esqueço que devo tomar mais cuidado com a alimentação e acabo caindo em 'tentações'.

Depois do final de ano desastroso, sem contar o Natal, cujos acontecimentos são impublicáveis (vergonha alheia). Mas abafa!... Voltando ao caos dos meus últimos dias, resolvi fazer do meu adorável 03 de janeiro um dia muito feliz. 

Ah, meu 03 de janeiro, dia lindo e agraciado por Deus, o dia muito bem escolhido pelo Dr. Everaldo para ser meu. Tenho um caso de amor e ódio com essa data. Eu deveria ter nascido dia 27 de dezembro, logo depois remarcado para dia 31 (seria uó trágico nascer dia 31!!!)...mas a preguicinha típica me fez nascer em Janeiro. "É de Natal e de aniversário", frase que me traumatizou desde a infância: ter apenas UM maldito presente, claro, com exceção dos meus pais. Só quem é contemplado com essas datas pode entender como me sinto. Sem contar a 'ressaca festiva', porque o povo já encheu o rabo de cerveja e comida. Mas mesmo assim amo o meu 03, o meu Janeiro (menos o calor insuportável). E consegui sim fazer meu dia feliz, agradável e ao lado das pessoas que mais amo: Mãe e Pai (e meu irmão, presente pelo celular e internet!). Afinal não se precisa de muito pra ser feliz, apenas o essencial, e acredito que o essencial eu já tenho.

E quando à 2013, começo sem promessas, com um pouco de idade à mais... trazendo alguns planos e desejos.  Mas por um lado é bom começar um novo ano com uma nova idade, agora com 22, novas ideias e perspectivas...Dizem que o tempo é cura e remédio, então estou à sua mercê.Esperando-o passar, me dedicando, trabalhando, fazendo o que tem que ser feito... Pois a hora, ah! a hora vai chegar!